O que você faz quando tudo está
aparentemente como deveria estar? Quando você considera ter obtido muito mais
sucessos do que fracassos e sabe que gargalhou inúmeras vezes antes de ter
derramado as primeiras lágrimas?
Todos sabem que sofrer dói, mas
sentir-se feliz às vezes também machuca. Explico! Quando algo está ruim, sempre
tenho a sensação de que logo irá passar e tudo voltará a ser como antes. Mas se
essa premissa é verdadeira, então o contrário também é. E esse é o “problema” de
se estar feliz... o receio de que aquilo possa acabar! É como aquele calorzinho
do sol em um dia de inverno, tão gostoso que você teme cada nuvem que se
aproxima. Ou quando você acha a posição perfeita no travesseiro e não quer
levantar de jeito nenhum!
Ainda no Ensino Médio li um livro
chamado ‘Como Atirar Vacas no Precipício’. É um livro cheio de histórias
tocantes, quase sempre com moral. Lembro de ter lido uma sobre um príncipe que ganhara
um anel de seu pai, com os dizeres “Isto também passará!”. Sempre que
enfrentava uma situação ruim, olhava para o anel e sentia-se consolado. Porém, não
se permitia uma felicidade completa, pois sempre que algo grandioso acontecia,
olhava para anel e lembrava que aquilo também teria fim.
Tenho pensado muito nisso nestes
últimos dias, afinal, por mais que haja percalços, estou exatamente onde
gostaria de estar e tenho comigo (mesmo que distantes) as pessoas com as quais
desejo repartir esses momentos de tristeza e alegria. Seguidamente me pego
refletindo sobre essa história do anel e questionando “Será que isso também
passará?”.
Prefiro pensar que não, ao menos
não completamente. Me faz bem acreditar que muito do que fica e do que passa
depende de nós, de como cuidamos daquilo que temos, e principalmente de como
encaramos nossas vitórias e derrotas.
O sol pode se esconder, o
despertador pode tocar, mas sempre haverá outros momentos aparentemente
perfeitos para serem aproveitados.
D.C.
D.C.
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